Peço permissão para
gritar...
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. . .
É, não consigo!
Amo minha hipocrisia
de poeta.
Queria ser o rapaz que te
digo toda noite.
Tanta palavra junta
desse falso eu, que vira mentira concreta.
Um dia serei como eu.
Serei o camponês e rei da minha corte.
3 noites sem sonhar é
a maior tortura do céu.
Tenho que me contentar
com apenas, “pessoas”.
Pelo menos, nesse dia
há um lápis perdido, um ou outro papel.
Volta a namorar com
novas palavras e frases clichês já soltas.
Queria ser eu um
tiquinho do que me imagino.
Me imagina sendo tudo
o que quase sou?
Me imagina agora sem
barba, brincando e sorrindo?
Imaginou errado,
volta ao sonho do lago.
Me faça, te faça no
teu sonho, nós sentados ouvindo histórias de teu avô.
Sonho é bom quando
não se planeja.
Tudo é feliz não
planejado meu bem.
Paixões, sermões e
até ilusões quem não deseja?
Ser feliz só por
acaso.
Se todas as noites disséssemos com fé o amém.
É, não consigo!